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Mulheres são protagonistas na área da saúde e no enfrentamento à Covid-19

08 de Mar de 2021

As mulheres representam grande força de trabalho da saúde e desde o início da pandemia da Covid-19 vêm atuando na linha de frente, nas mais variadas atividades e funções, como médicas, enfermeiras, cuidadoras, fisioterapeutas, psicólogas, recepcionistas, cozinheiras, trabalhadoras da limpeza, dentre tantas outras funções.
 
Neste 08 de março, Dia Internacional da Mulher, o protagonismo feminino na área da saúde e em outras frentes, como a governamental, ganhou atenção especial da ONU Mulheres, com o tema “Mulheres na liderança: Alcançando um futuro igual em um mundo de Covid-19″.
 
O tema celebra os esforços das mulheres em todo o mundo na construção de um futuro mais igualitário e na recuperação da pandemia. Segundo a ONU Mulheres, a pandemia destacou tanto as contribuições femininas, como também acentuou o debate da sobrecarga que elas carregam.
 
A diretora-técnica do Hospital e Maternidade Femina, Fernannda Pigatto Vilela, que também atua como médica pediatra e neonatologista, destaca a jornada tripla de trabalho exercida pelas mulheres que atuam como profissionais da saúde na linha de frente ao combate da Covid-19 e também exercendo atividades como mães, esposas e donas de casas, entre outras.
 
“Esse novo normal vem contribuindo para a sobrecarga de muitas mulheres profissionais da área da saúde que precisam trabalhar e ainda desempenhar funções em casa. Além disso, ainda existe o medo da contaminação, de ficar ausente do trabalho em um momento importante ou de transmitir a doença para a família”, comenta a médica.
 
Por experiência própria, ela relata que logo no início da pandemia presenciou colegas com anos de experiência chorando por temer a doença ou transmitir para os familiares, pois pouco se sabia sobre a nova doença que tinha surgido. 
 
“Hoje temos protocolos definidos, sabemos como minimizar a transmissão, mas no início presenciamos um cenário de guerra, com muitos profissionais abalados, mas firmes, porque precisávamos cuidar dos pacientes”, lembra Fernnanda, que observa que de tempos difíceis é que surge a união. 
 
“Na minha unidade adotamos um hábito muito bonito, nos reunimos todos os dias e, independente da religião, fazemos uma oração logo no início do expediente. Por incrível que pareça, alguns colegas nossos que ficaram doentes não tiveram a evolução grave da doença. A fé é muito importante nesse momento", garante. 
 
Desafio 
 
Para Fernannda, o principal desafio para as mulheres que atuam na linha de frente contra a pandemia nas unidades de saúde é manter a saúde mental. “É muito difícil ver pessoas perdendo seus entes queridos, algumas famílias até mais de um parente, no caso de pais e filhos, porque a doença depende de uma resposta imunológica, e sempre existe o medo de levar a doença para casa”, frisa. 
 
Médica, mãe, esposa e exercendo cargo de liderança na Femina, ela enfatiza que as mulheres têm muito a comemorar neste 08 de março.
 
“Sou muito feliz por representar a nossa classe e mostrar a nossa força, garra, determinação e capacidade intelectual. Com certeza, esse dia deve ser comemorado, porque conquistamos muitos direitos e vencemos muitas batalhas diárias. Sempre reafirmo para mim que sou capaz, só depende de mim, ninguém tem o direito de dizer que eu não posso. As mulheres têm que acreditar que tudo é possível, desde que seja algo bom e que não prejudique ninguém”, conclui Fernnanda. 

Fonte:Luciane Mildenberger - Assessoria de Imprensa