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Novas medidas do Ministério da Saúde vão estimular realização de parto normal no país

13 de Oct de 2015

aEntraram em vigor nesta semana as novas medidas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que visam incentivar o parto normal e reduzir o número de cesarianas no Brasil. Os hospitais particulares terão que adequar a estrutura física e técnica para atender às novas regras.
 
Hoje, o índice de nascimentos por meio cirúrgico chega a 84,6% do total realizado via planos de saúde no Brasil. O número é considerado alto se comparado ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 15%. E se levar em conta tanto a rede pública quanto a privada, a cesariana representa 55,6% do total dos nascimentos no país.
 
O diretor técnico do Hospital Infantil e Maternidade Femina, Kamil Fares, explica que a unidade já se prepara para as novas adequações. “Estamos montando uma equipe de profissionais, incluindo obstetras, ginecologistas, pediatras e enfermeiros que ficarão em regime de plantão para orientar a gestante assim que ela der entrada no hospital para o parto”, disse Kamil.
 
Ele explica ainda que a paciente receberá as orientações sobre o parto normal desde o início do pré-natal, entretanto, ao dar entrada no hospital em trabalho de parto estas informações serão reforçadas.
 
“A escolha continua sendo da gestante, mas é nosso papel orientá-la sobre os benefícios do parto normal para mãe e filho. E, caso ela opte pela cesariana, deverá assinar um documento chamado ‘Termo de Consentimento Esclarecido’ informando que o procedimento cesariano foi uma opção dela”, pontua Fares.
 
De acordo com as normativas, os médicos além de fornecerem o Cartão da Gestante, deverão também preencher o ‘partograma’. Trata-se de um documento que detalha o andamento do trabalho de parto. Se for necessário fazer uma cesárea ou recorrer a outras intervenções durante o nascimento, esse documento deve dizer por que esses procedimentos foram necessários.
 
“Os médicos terão que trabalhar a orientação de que quando não há necessidade eminente de cesariana deve-se escolher o parto normal”, reforça o médico obstetra Carlos Alberto Zaguini.
 
ESTRUTURA – Entre as inovações que o Hospital Infantil e Maternidade Femina vai oferecer às gestantes estão a adaptação de recursos humanos para a incorporação da equipe multiprofissional no hospital; capacitação profissional para ampliar a segurança na realização do parto normal; o engajamento do corpo clínico, da equipe e das próprias gestantes; revisão das práticas relacionadas ao atendimento das gestantes e bebês – desde o pré-natal até o pós-parto.
 
Recentemente, o hospital foi o único escolhido na região Centro-Oeste para integrar o projeto Parto Adequado, desenvolvido pela ANS, pelo Hospital Israelita Albet Einstein e pelo Institute for Healthcare Improvement (IHI), com apoio do Ministério da Saúde. O objetivo é identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar.
 
Assessoria de Imprensa Femina - ZF Press
 

Fonte:Assessoria